"O grande desafio do autor que se aventura num desses caminhos minimalistas é manter acesa a convicção de que a qualidade da obra literária nada tem a ver com quantidade. E aqui encontra-se o nó górdio da questão: a matéria-prima da literatura são as palavras. Não existe obra que sobreviva apenas de uma sacada genial (este é o terreno da publicidade). As micronarrativas podem servir como porta de entrada a um neófito ou mesmo como um delicado acepipe ao leitor contumaz, mas, com raras exceções, não vão muito além disso. Para se contar uma história, é preciso criar personagens, cenários, conflitos; é preciso, em última análise, desenvolver ideias. Se poucas palavras derem conta desse recado, ótimo. Sou o primeiro a aplaudir.
Só, por favor, não me tirem o prazer de ficar mergulhado horas a fio nas páginas intermináveis de um bom romance, daqueles que nem precisavam terminar."
Luiz Paulo FaccioliO escritor - antes de tudo (técnica e/ou tecnologia) - é um contador de histórias. O que,aliás, não deixa de ser uma espécie de realidade virtual.
Em tempo: tenho recebido comentários muito muito divertidos. Thanks!